O Ministério Público Estadual (MPMT) ofereceu denúncia contra Bruna Tatiane Evangelista Felski, pelo duplo homicídio de Genuir de Barros, 67 anos, e Marcelo de Barros, 37 anos, respectivamente pai e irmão da amante do marido dela. O crime aconteceu no dia 22 de outubro do ano passado, em Terra Nova do Norte (670 km de Cuiabá).
Conforme a denúncia assinada pelo promotor Márcio Schimiti Chueire, Bruna, acompanhada de sua mãe, Rosilda Felski, foi até a casa das vítimas, atrás de Marciele de Barros, suposta amante de seu marido, João Rodrigues Custódio.
Bruna, à época grávida de oito meses, foi recebida por Genuir, que chamou sua esposa Maria Talita, momento em que Bruna e Rosilda passaram a ofender os familiares de Marciele.
Ainda segundo os autos, João em companhia do sogro, Valério Felski, foi até o local buscar Bruna. “Assim, João tentou retirar Bruna do local, a encaminhando para o veículo. No entanto, em tal instante Marcelo de Barros (irmão de Marciele) surgiu e bateu no capô do carro em que estavam,pedindo que fossem embora”.
Bruna então pegou a arma do marido que estava no carro e matou Marcelo com três tiros. Genuir ao ver a cena, tentou tirar a pistola das mãos da assassina, porém nesse instante ela o matou com dois tiros.
“Deste modo, após visualizar os fatos Marciele seguiu em direção ao seu pai para socorrê-lo, momento em que Rosilda e Bruna, passaram a lhe agredir fisicamente com puxões decabelo fazendo com que caísse ao solo. Não bastasse, no mesmo momento Valério em posse de um facão, realizou golpes de “prancha” em sua nádega esquerda”, diz trecho da denúncia.
O promotor ressalta ainda, que Bruna já havia ameaçado Marciele através das redes sociais. Ela teria mandado uma mensagem à mulher, dizendo que “as coisas não ficariam assim”.
Rosilda Felski e Valério Felski, respectivamente, mãe e pai de Bruna responderão por lesão corporal. E João Rodrigues Custódio foi denunciado por porte ilegal de arma de fogo.
O crime
Bruna se apresentou à Polícia Civil somente no dia 24 de outubro, dois dias após o crime. Em depoimento, ela afirmou estar “cega e desesperada” após descobrir a traição do marido. Ao delegado José Getúlio Daniel, Bruna disse que agiu para defender seus pais.
Fonte: Repórter MT