Uma decisão judicial na tarde desta quarta-feira (06-09) levou ao sacrifício de 320 aves silvestres em Sorriso. As aves haviam sido apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e levadas para uma clínica local. A decisão autorizou o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA) a realizar o abate dos animais, parte dos quais é de origem estrangeira. Isso ocorreu em meio a um período de alerta por questões de vigilância sanitária.
O delegado da Polícia Judiciária Civil, Dr. Eugenio Rudy explicou: “É importante deixar consignado que existe um procedimento apuratório. A PRF apreendeu um cidadão e o conduziu à delegacia com essas aves. Até o momento, não haviam sido identificadas e pedimos a identificação das aves. Estamos com o inquérito em trâmite e tomamos conhecimento do abate dos animais. Viemos então nos inteirar dos motivos deste abate para podermos concluir este inquérito policial”.
Embora a clínica tenha se oferecido para manter os animais alojados por 180 dias, aguardando o período de quarentena, as aves acabaram sendo sacrificadas de acordo com a ordem judicial.
A zootecnista Karine, proprietária da clínica, expressou tristeza com o ocorrido, afirmando: “Quando existe uma ordem de órgãos, temos que obedecer. Eu e a Dra. Lilian, que é a responsável pela parte dos animais silvestres, chegamos ao consenso de que cuidaríamos destes animais para que passassem pelo vazio sanitário. Mas a decisão final não é nossa”.
A decisão judicial e o sacrifício das aves levantaram questionamentos e preocupações sobre a conservação da fauna silvestre e as medidas de vigilância sanitária. A comunidade local e organizações de proteção animal expressaram sua consternação diante do desfecho, destacando a importância de encontrar soluções alternativas para lidar com situações semelhantes no futuro.
Fonte:R9 News