A juíza Paula Thatiana Pinheiro, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, aceitou denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra a pecuarista Inês Gemilaki, o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues, pelo ataque que terminou com dois mortos na cidade. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (8).
Agora, eles passam a ser réus por dois homicídios qualificados, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas, e duas tentativas de homicídio qualificado.
“Preenchidos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal e estando ausentes as circunstâncias do artigo 395, do mesmo codex, recebo a denúncia contra Bruno Gemilaki Dal Poz, Edson Gonçalves Rodrigues e Inês Gemilaki, qualificados na inicial, eis que presentes a prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, o que configura justa causa para o início da Ação Penal”, diz trecho da decisão.
A magistrada deu prazo de 10 dias para que o trio apresente resposta à acusação por escrito. “Não apresentada à resposta no prazo legal ou se os acusados, citados, não constituírem defensor, nomeio a Defensoria Pública, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias, nos termos do artigo 396-A, § 2º, do Código de Processo Penal”, diz outro trecho da decisão.
Inês, o filho e o cunhado seguem presos na cadeia pública de Peixoto. Já o marido dela, o mecânico Márcio Ferreira Gonçalves, não foi denunciado pelo MPE e ganhou liberdade.
De acordo com o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, que assina a denúncia, as investigações apontam que Márcio não participou das execuções. E o fato dele ter auxiliado na fuga foi excluído por ser parente dos autores do crime.
O ataque ocorreu na tarde do dia 21 de abril. Toda ação foi filmada por câmeras de segurança. Foram mortos os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57.
Ficaram feridos contra o padre José Roberto Domingos, que levou um tiro na mão, e Enerci Afonso Lavall, alvo principal da família.
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