A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu início esta semana à fase final do projeto de implementação de câmeras corporais e veiculares, denominado Teste de Campo Nacional. Esta etapa será conduzida em cinco unidades estratégicas da PRF, localizadas em Sorriso (MT), São José (SC), Uberlândia (MG), Cascavel (PR) e Araguaína (TO). Os testes visam a captação, armazenamento e tratamento de imagens registradas por câmeras nos uniformes dos policiais e viaturas durante suas operações de serviço.
As cidades selecionadas foram escolhidas criteriosamente, levando em consideração fatores como densidade demográfica, localização geográfica e aspectos climáticos, conforme informou a PRF. O projeto teve início em 2023, com a implantação das câmeras corporais, seguindo metodologias e estudos científicos. Luciano Fernandes, coordenador dos trabalhos e gerente do Projeto da Polícia Rodoviária Federal, destacou que a adoção das câmeras está alinhada com o processo de modernização da instituição e com a política de transparência da Administração Pública Federal.
Entre os benefícios esperados com a tecnologia, a PRF ressalta o aumento da transparência e responsabilidade nas operações policiais, aprimoramento da qualidade das provas coletadas durante atividades de combate ao crime, atendimento de acidentes e fiscalização de trânsito, além da proteção legal e redução de reclamações contra os agentes públicos. Destaca-se também a expectativa de melhoria na integridade física tanto dos policiais quanto dos cidadãos abordados.
A fase de testes contará com cinco modelos de equipamentos. Ao término desta etapa, a PRF lançará um edital para selecionar a opção vencedora. Fernandes enfatizou que o objetivo não é apenas adquirir um produto, mas sim encontrar uma solução nacional para uma demanda histórica do país. “É um desafio à altura da PRF, que por sua vez, tem a dimensão do Brasil”, afirmou.
De acordo com Fernandes, a solução vencedora da licitação futura da PRF deve garantir a eficiência dos equipamentos e provedores de serviços em todo o país, considerando a diversidade de biomas, climas e realidades. “Desde grandes centros urbanos, como capitais e cidades-polo, até a vastidão da Amazônia”, explicou.
Durante um ano, uma equipe de pesquisadores da PRF estudou mais de mil pesquisas em todo o mundo e visitou 10 corporações policiais no Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Nos EUA, a PRF se reuniu com importantes forças policiais, como a Polícia de Nova Iorque (NYPD) e Chicago Police, além do sistema de condados da Flórida.
Um destaque especial foi dado à Texas Highway Patrol. Os “troopers” texanos, como são conhecidos os policiais da corporação americana, compartilham muitas semelhanças com o trabalho realizado pela PRF no Brasil, incluindo patrulhamento de rodovias, combate à criminalidade e atuação em áreas de fronteira com o México.
Assessoria