O tema é delicado e por isso mesmo precisa ser falado, debatido para gerar ações de prevenção e orientação. Trata-se do “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, comemorado em 18 de maio. E com o objetivo de mobilizar a sociedade e dar visibilidade à questão, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realiza no dia 17 de maio pit stop em vários pontos da cidade a partir das 16h30.
Além disso, também serão realizados momentos de sensibilização das famílias em vários pontos da cidade, iniciando pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). No dia 22 de maio o encontro é no CRAS São Domingos a partir das 19 horas, no dia 23 no Cras São José; dia 24 o debate é no Centro de Convivência da Pessoa Idosa, com início às 13 horas; no Cras da Praça Ceu a conversa é no dia 28 às 19 horas; e, no dia 29 de maio o encontro é na Associação Amigos Banco do Brasil (AABB) também às 19 horas.
Os momentos de sensibilização contam com palestras de conscientização e orientação contra o abuso ou exploração infanto-juvenil direcionadas aos grupos assistidos pela Assistência Social.
No pais, o 18 de maio, chama a atenção para a perspectiva de crescimento dos casos de abuso e exploração infantil que ocorrem dentro de casa. De acordo com a secretária de Assistência Social, Jucélia Ferro, o objetivo é fortalecer ainda mais as medidas de proteção, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade para a luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
“Essa campanha visa orientar e conscientizar a todos sobre a importância de identificar os sinais de mudança no comportamento das crianças e adolescentes que possam estar sendo vítimas de abuso sexual”, pontua Jucélia.
A gestora destaca ainda a importância da denúncia, caso haja suspeita de exploração. “Além de poder buscar os CRAS e CREAS para receber apoio, as famílias podem denunciar o abuso contra crianças e adolescentes através de diversos canais, como o “Disque 100”, Conselho Tutelar ou polícias Civil e Militar. Sempre que houver a suspeita, esse crime deve ser denunciado”, frisa.
18 DE MAIO
A data escolhida para ser do Dia de Combate remete a um crime bárbaro ocorrido em 1973, quando Araceli Cabrera Sanches, de 8 anos, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba.
A escolha do dia como marco aconteceu em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro da Rede Ecpat no Brasil.
A Rede Ecpat busca eliminar a prostituição, pornografia e o tráfico para fins de exploração sexual de crianças e adolescentes, a organização internacional surgiu na Tailândia. No encontro de 1998, foi criado um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil. O dia se tornou oficial por meio da lei nº 9.970, de iniciativa da então deputada Rita Camata.