O assassino de Raquel Cattani, Rodrigo Xavier Mengarde, de 37 anos, confessou que recebeu R$ 4 mil do irmão, Romero Xavier, ex-marido da vítima e genro do deputado estadual Gilberto Cattani, para matar a produtora rural.
“Tanto na entrevista feita no local, quanto no depoimento formal, ele afirmou categoricamente que recebeu R$ 4 mil, inclusive já havia antecipado R$ 1.500 para a compra de um carro e esse foi o pagamento que o irmão dele fez, o sr. Romero”, disse o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), Guilherme Pompeo.
Após matar Raquel, ele levou a motocicleta para casa e desfez depois. “Não se tratava de um crime patrimonial, mas um crime de mando pelo próprio irmão, por isso o intuito não era de roubar, mas de cumprir a ordem do irmão de matar a ex-esposa”, completou.
Tanto o deputado estadual Gilberto Cattani quanto a esposa dele, Sandra, não foram informados pela filha que estava sendo ameaçada. Conforme o delegado, ela era uma pessoa reservada, contudo abriu sobre as ameaças que estava sofrendo nos últimos dias para duas amigas.
O delegado municipal de Nova Mutum, Edmundo Félix de Barros Filho, disse que a dinâmica do local do crime era de latrocínio, depois de ouvir mais de 100 pessoas e nada seguia em torno de crime patrimonial e depois seguiu para linha de quem conhecia as rotinas da vítima. Depois passaram a desconfiar de Romero e do irmão dele.
“Nós sabemos que o crime de homicídio tem uma motivação necessária. Nós levantamos todas as possíveis motivações, quem poderia ter algum motivo para tirar a vida de Raquel, que era uma menina doce, tranquila, fazia lá os queijos dela, não tinha inimigos, não tinha nenhuma inimizade. Após abrir a investigação do crime patrimonial, voltamos a atenção ao suspeito Romero. Ele sim, que não estava contente com o término de relacionamento, não aceitando o fim dessa relação, ele sim criou esse motivo na cabeça dele, por não aceitar o fim do relacionamento e praticar essa barbaridade”.