O juiz João Zibordi Lara, da comarca de Peixoto de Azevedo, determinou que Inês Gemilaki, 49 anos, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, 29 anos, e o cunhado Edson Gonçalves Rodrigues sejam levados a júri popular. Eles são acusados de invadir uma residência e executar, a tiros, Rui Luiz Bogo, 69 anos, e Pilson Pereira da Silva, 81 anos, em abril deste ano.
Os crimes ocorreram durante uma confraternização na casa das vítimas. A Justiça classificou os homicídios como qualificados, apontando motivo fútil e o uso de recurso que impossibilitou a defesa. Segundo a decisão, “as vítimas foram surpreendidas pelos disparos, sem possibilidade de reação defensiva.”
As investigações revelaram que o crime teria sido motivado por uma disputa relacionada a uma dívida de aluguel e supostos danos ao imóvel alugado por Inês. No dia do crime, ela estava em uma festa quando, após receber uma ligação, mudou de comportamento. Pouco depois, reuniu Bruno e Edson e dirigiu-se ao local, onde cometeram os assassinatos.
Inês alegou, em sua defesa, que não estava plenamente consciente no momento do crime e afirmou ter atirado em Rui por engano, pensando se tratar de outra pessoa. Ela também afirmou que Pilson foi atingido de forma não intencional durante os disparos.
Um padre presente na confraternização foi ferido na mão, mas sobreviveu.
O caso será julgado pelo Tribunal do Júri, que deverá analisar a motivação e a execução dos crimes nos próximos meses.