O promotor de Justiça Milton Pereira Merquiades, do Ministério Público Estadual (MPE), pediu que a Corregedoria da Polícia Civil instaure um inquérito para investigar supostos abusos cometidos por policiais civis durante a prisão de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos. Ele é um dos acusados de assassinar três motoristas de aplicativo em Várzea Grande. As vítimas foram mortas a facadas e pauladas.
O requerimento foi feito durante audiência de custódia do criminoso, na terça-feira (16). Na ocasião, o acusado afirmou ter levado “vários tapas na cara” dentro da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
“Com relação a eventuais abusos praticados pelo Policial Civil, logicamente esse tipo de conduta não se justifica, não encontra amparo legal. Se realmente comprovado, pode caracterizar um crime de lesão corporal ou até abuso de autoridade. Em razão disso o Ministério Público requer que seja enviado expediente à Corregedoria da Polícia Civil para que instaure inquérito e apure essa eventual prática de crime por parte do policial”, requereu o promotor de Justiça.
“Logicamente que nós não temos aqui nenhum elemento, a não ser a palavra do custodiado. Não tive ainda acesso ao laudo”, concluiu.
Além de Lucas, dois adolescentes de 17 e 15 anos foram apreendidos por participação nas mortes. As vítimas Márcio Rogério Carneiro, de 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, de 58, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana, após saírem para trabalhar.
Os corpos de Elizeu e Márcio foram encontrados na segunda-feira (15), no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande.
Já o corpo de Nilson foi localizado na manhã de terça-feira, no bairro Souza Lima, também em Várzea Grande.
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