Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que Mato Grosso segue sendo o estado com o maior número de focos de calor no país desde o início de 2024. Os focos registrados no estado representam 23,6% de todos contabilizados no país até agora. De janeiro até esta quarta-feira (10), foram 9,2 mil focos de incêndio, um aumento de 41,53% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram 6,5 mil focos.
Segundo o Instituto, o estado também lidera o número de focos de julho, com 477 registros. No estado, o bioma mais atingido pelos incêndios é a Amazônia, com 5,6 mil focos, seguido por Cerrado (2,7 mil focos) e Pantanal (827 focos).
Já as cidades mais atingidas pelos focos de incêndio neste mês são:
- Feliz Natal – 490 focos
- Cáceres – 482 focos
- Tangará da Serra– 472 focos
Especialistas do Instituto S.O.S Pantanal, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e da WWF Brasil explicaram as principais razões das queimadas em cada bioma. (entenda)
- 🌳AMAZÔNIA: Desmatamento
- 🍂CERRADO: Seca e expansão das áreas utilizadas para a agropecuária
- ⛺PANTANAL: Seca severa e queimas em propriedades particulares
🌳Unidades de conservação
A unidade de conservação de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, foi a que mais registrou focos de calor (22 focos), seguida pela Cabeceiras do Rio Cuiabá (14 focos) e Nascentes do Rio Paraguai (5 focos).
🔥Operação de combate
Em junho, o governo de Mato Grosso lançou a Operação Pantanal 2024, que combate incêndios florestais na região do Pantanal no estado. O objetivo é evitar que o fogo destrua o bioma como em anos anteriores, em que a fauna e a flora da região foram atingidas pelas queimadas.
De acordo com a Secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a operação foi antecipada em dois meses por causa da situação climática que afeta a região. O período proibitivo também foi antecipado, que passa a valer a partir desta segunda-feira.
“Antecipamos a proibição de 1 de julho para esse bioma. Somente serão autorizados focos preventivos, ou seja, o uso do fogo para prevenir eventos maiores”, diz.
G1 MT