Manter a proximidade com o ex-genro, Romero Xavier, foi uma estratégia do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que desde o início desconfiou que ele tinha envolvimento com o assassinato de sua filha, a produtora rural Raquel Maziero Cattani, assassinada aos 26 anos com 34 facadas na última sexta-feira (19). Segundo a Polícia Civil, Romero mandou o irmão, Rodrigo Xavier, executar o crime.
A frieza de Cattani foi fundamental para que a Polícia Civil pudesse concluir as investigações que apontaram Romero e Rodrigo como os culpados pelo crime.
“A gente sempre teve o pé atrás, porque a polícia também fez o que tinha que ser feito. A única coisa que a gente fez é aquilo que precisava ser feito justamente pra chegar no resultado que chegou”, disse o parlamentar durante entrevista no Jornal da Cultura, na manhã desta quinta-feira (25).
Romero chegou a comparecer no local do crime logo após o corpo de Raquel ser encontrado pelos pais e se mostrou muito abalado, a fim de enganar os policiais. Ele também esteve no velório e no enterro de Raquel, e ficou o tempo todo ao lado do caixão chorando, sendo amparado pelos familiares.
Na noite dessa quarta-feira (24), o mandante foi preso na casa do deputado Cattani, em Lucas do Rio Verde. Já Rodrigo, que já tinha diversas passagens por furtos e outros crimes, foi preso em sua residência.
As investigações apontaram Rodrigo como executor do crime. Raquel foi morta na noite do dia 19 de julho, com 34 facadas. O criminoso confessou a ação.
Na mesma noite do crime, Romero organizou um churrasco e também passou por três boates no município de Tapurah, com o objetivo de fortalecer o seu álibi.
Cattani explicou que, como o álibi de Romero era muito forte, a Polícia o liberou preliminarmente, mas recomendou que a família o mantivesse por perto. “Nós tínhamos que mantê-lo por perto, se não hoje não estaria com esse desfecho que está”, concluiu.
Repórter MT