As irmãs Rayane Alves Porto, 25, e Rithiele Alves Porto, 28, foram brutalmente assassinadas após serem sequestradas ao saírem de um evento do Festival de Pesca, na madrugada deste sábado (14). Além deles, dois homens também foram vítimas, sendo um deles torturado fisicamente, mas conseguiram escapar com vida.
De acordo com a Polícia Militar, um dos sobreviventes, de 24 anos, conseguiu fugir do cativeiro localizado na Rua Marechal Cândido, no centro da cidade, e pediu socorro a um policial de base. Ele relatou que foi abordado, junto com as irmãs e outro homem, por um grupo de nove pessoas — sete homens e duas mulheres. Os criminosos forçaram as vítimas a seguir até uma residência, que serviu como cativeiro, onde foram submetidas a horas de tortura.
Os policiais, após o relato do sobrevivente, foram ao local indicado e encontraram um homem de 29 anos gravemente ferido. Ele teve o dedo mínimo da mão esquerda e a orelha esquerda cortada, além de sofrer danos de arma branca na nuca. Dentro da casa, os policiais fizeram descobertas ainda mais macabras: na cozinha, foram encontrados dedos e cabelos de uma das vítimas. Em um dos quartos, estavam os corpos das irmãs Rayane e Rithiele, ambos com sinais de tortura e com os cabelos cortados.
O sobrevivente contou que os criminosos se identificaram como membros de uma facção criminosa e exigiram dinheiro das vítimas, ameaçando matá-las caso não conseguissem pagar. A possível motivação do crime teria sido uma foto tirada pelas irmãs no Rio Jauru, onde fez um gesto com as mãos que representavam o número três, algo que os crimes interpretaram como uma provocação, associando-se ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Equipes do Grupo de Apoio de Mirassol e do GEFRON foram acionadas para auxiliar nas buscas pelos criminosos, mas até o momento ninguém foi preso. A área foi isolada para perícia, e a Polícia Civil está investigando o caso.
O sobrevivente foi levado para atendimento médico e está fora de perigo. As buscas pelos autores do crime continuam.
Portal Sorriso