As primeiras investigações sobre o trágico assassinato da cantora, digital influencer e ex-candidata a vereadora Santrosa, indicam que o crime está relacionado a disputas territoriais do tráfico de drogas entre facções. Segundo informações, a vítima estava comercializando entorpecentes sintéticos sem a autorização da facção dominante na área. Santrosa, uma mulher trans de 27 anos, foi encontrada decapitada em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) no último domingo (10). Até o momento, não foram identificados suspeitos.
Em entrevista ao programa Cadeia Neles nesta segunda-feira (11), o delegado Bráulio Junqueira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop, confirmou que a execução foi realizada por membros da facção Comando Vermelho, ainda que os suspeitos ainda não tenham sido localizados.
“A informação é de que a vítima foi morta por integrantes do Comando Vermelho, sob a alegação de que ela seria um desafeto e estaria se manifestando contra a facção”, afirmou Junqueira.
As investigações também apontaram que Santrosa vendia drogas sintéticas, mas não pertencia a nenhuma facção. “Ela já havia recebido uma advertência da organização, pois a venda de drogas é restrita aos membros da facção. Esse foi o motivo da execução”, explicou o delegado.
A residência de Santrosa foi invadida no momento do sequestro, e parte dos entorpecentes que estavam em seu poder foi levada.
Até o fechamento desta matéria, o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica não havia sido liberado, o que impossibilita a confirmação de outros possíveis ferimentos, como marcas de tortura ou disparos de arma de fogo, além da decapitação.
Para intensificar as buscas pelos responsáveis, o policiamento na zona rural de Sinop foi reforçado, segundo informações da Polícia Militar de Mato Grosso.
Sobre o caso
Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta na tarde de domingo. A vítima, que tinha as mãos amarradas, foi achada decapitada, com a cabeça localizada a alguns metros de distância do corpo. Santrosa era uma figura pública ativa no meio artístico e digital, e filiada ao PSDB. Sua participação na política incluiu a eleição de 2024, na qual concorreu pela primeira vez, terminando como suplente de um dos candidatos.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as investigações sobre o homicídio.